Em reunião realizada na semana passada, a equipe do Senai Empresa apresentou o Programa Senai de Logística Reversa aos supermercadistas associados à Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados). O Programa é desenvolvido inicialmente para auxiliar as indústrias locais a elaborarem sistemas de logística reversa e que, agora, será estendido a mais um elo da cadeia de consumo.

Segundo a coordenadora do Programa Senai de Gestão Ambiental do Senai Empresa, Liliane Candida Corrêa, para operacionalizar a logística reversa no Estado é fundamental que todos os elos da cadeia, do fabricante ao consumidor final, estejam envolvidos e alinhados para realizar o correto descarte de resíduos e embalagens. “Por isso, é muito importante termos a Amas preocupada com essa questão e buscando auxílio do Senai para se adequar à legislação. Os supermercados e distribuidores são um dos elos que a Lei Federal traz responsabilidade para aplicar a logística reversa”, explicou.

Ela ainda destacou que a adesão dos supermercados ao Programa Senai de Logística Reversa representa um avanço muito forte para a indústria. “Conforme a legislação, quem deve fomentar de fato toda a cadeia de logística reversa é o fabricante e o importador, portanto, a participação do comércio nesse processo é muito positiva porque, se um dos elos não fizer sua parte, quebra toda a cadeia”, completou.

Na avaliação do presidente da Amas, Edmilson Jonas Veratti, a parceria com o Senai para o desenvolvimento de projetos de logística reversa vem para facilitar o cumprimento da legislação. “É muito mais fácil fazer uma adesão a um projeto que já está em fase final de aprovação, que é o caso do Programa do Senai desenvolvido para a indústria e que pode ser adaptado com foco no comércio por uma instituição com expertise no assunto, do que cada supermercado começar do zero um projeto e conseguir aprovação individual de cada um desses projetos. Penso que essa parceria vai ajudar muito, porque vamos ganhar tempo e dinheiro”, ressaltou.

Presente ao encontro, o secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, reforçou que a logística reversa já está estabelecida em lei e tem avançado, mas é necessário um fomento maior. Ele reforçou que as indústrias já apresentaram ao Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) seus planos por meio do Senai, mas ainda faltam os supermercados, entre outros elos.

“Eles foram convocados a participar desse processo e devem apresentar também um plano de logística reversa. Então esse encontro aqui é justamente para conhecer melhor um programa que foi desenvolvido pelo Senai com foco na indústria, mas que pode ser adaptado para a realidade dos supermercados, fazendo essa cadeia funcionar aqui no Estado”, argumentou Jaime Verruck.

Veja abaixo três motivos para se adotar a logística reversa:

1 – Maior visibilidade socioambiental

Enfatizar as práticas adotadas pela empresa quanto à destinação dos resíduos de seus produtos é uma ótima forma estreitar a relação com o cliente e reforçar o posicionamento da marca. A empresa pode criar ações de marketing para informar sobre suas práticas, a fim de conscientizar o consumidor e gerar uma publicidade positiva.

2 – Redução de custos

A logística reversa viabiliza a economia nos processos produtivos das companhias, já que os resíduos retornam à cadeia produtiva, o que diminui o consumo e os custos de matérias-primas. Esse processo de retorno de resíduos às empresas evita que eles possam poluir ou contaminar o ambiente.

3 – Ampliação e desenvolvimento de novos negócios

As empresas passam a adotar tecnologias mais limpas, que simplificam a reutilização e a criação de embalagens e produtos que podem ser reciclados com maior facilidade.  “Além disso, toda sociedade se beneficia com o aumento na geração de empregos, a ampliação do mercado de gestão e de gerenciamento de resíduos”, completou Liliane Candida Corrêa.

Por corumbaonline

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