Referência no acompanhamento do vai e vem das águas no Pantanal, a régua fluviométrica da Marinha, em Ladário, indica o fim da vazão do Rio Paraguai, que registrou nível crítico e histórico no dia 17 de outubro (-69cm) e ontem se elevava em -61cm.

Mesmo em um cenário favorável, a Sanesul decidiu instalar, por precaução, uma balsa flutuante junto aos pilares do sistema de captação de água do rio, em Corumbá, para operar um conjunto de motobombas.

O nível negativo do rio está ainda em um patamar sob controle, sem riscos de um colapso no abastecimento da cidade – o sistema em funcionamento desde a década de 1970 suporta o bombeamento superficial com nível do rio até -82cm.

Contudo, a empresa colocou em prática o que chamou de plano B: uma estrutura alternativa em substituição dos motores similares, caso necessário, os quais estão submersos e com capacidade reduzida de sugar a água a uma profundidade de 45 metros.

Sem desperdício

Ao anunciar que um dos conjuntos de motobomba será acionado ainda esta semana, por precaução, o gerente local da Sanesul, Marcos de Souza Martins, garantiu que não há possibilidades de racionamento ou interrupção no fornecimento de água.

“A empresa investiu na melhoria do sistema (casa de máquinas e rede) e estamos trabalhando dentro de um plano de contingência, desde fevereiro, para garantir o pleno funcionamento”, explicou. 

O gerente pediu a colaboração da população para que use a água racionalmente, contudo é comum observar, principalmente pela manhã, pessoas lavando a calçada ou veículos usando a rede de distribuição. “Estamos intensificando o combate ao desperdício e à fraude”, anunciou Marcos Martins.

O sistema de captação bombeia, por hora, 1.900 metros cúbicos de água para o centro de tratamento e distribuição, situado a 1.830 metros em inclinação.

Por Lugares.eco

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