O piloto Edmur Guimara Bernardes, 77, supostamente sequestrado na manhã de terça-feira (18) em Paranaíba, a 407 quilômetros da Capital, e encontrado em um aeroporto de Cáceres, no Mato Grosso, disse em depoimento ter sido obrigado a resgatar um membro da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

Ele ficou mais de 30 horas em poder dos sequestradores depois de ter o avião levado de uma fazenda de Paranaíba. Edmur contou as autoridades de Cáceres, que no dia do crime estava saindo de casa quando teria sido abordado pelos homens, que o obrigaram a abrir o hangar para levar o avião para o resgate de outro membro do PCC.

Edmur contou que foi obrigado a voar até uma fazenda paraguaia com os sequestradores, sendo que na manhã seguinte teriam partido para a Bolívia, mas não disse a localização correta de onde era o lugar do resgate do membro da facção.

Segundo informações obtidas na delegacia de Cáceres, o piloto ainda contou que esperou uma distração dos sequestradores e fugiu pousando no aeroporto de Cáceres. O piloto e a aeronave devem chegar nesta sexta-feira (21) a cidade de Paranaíba.

Roubo e sequestro

Bandidos invadiram o hangar para roubar um avião da marca Cessna 182 skylane, prefixo PR-NAL. O avião pertence a um empresário do ramo de automóveis em Paranaíba. Os bandidos renderam o segurança e o prenderam dentro de um quarto. Em seguida, mandaram que o piloto Edmur entrasse no avião, que tem capacidade para quatro passageiros, para pilotar a aeronave.

Edmur já teve envolvimento em casos de tráfico de drogas e contrabando. Em um dos casos mais antigos, foi detido pela Polícia Federal em setembro de 2000. A prisão aconteceu após a PF apreender 138 quilos de cocaína em um hangar, em Paranaíba. A droga pertencia a um pecuarista e seria transferida de um avião para o fundo falso de um caminhão. Na época, os suspeitos tentaram dizer que transportavam hormônios bovinos. Edmur era um dos responsáveis pelo descarregamento da droga em Paranaíba.

Por corumbaonline

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