Na Boca do Túnel

23 de julho de 2018

Comenta-se a boca pequena que o Corumbaense Futebol Clube entrou em “parafuso”, isso em razão de estar com a parte financeira comprometida e chega ao montante de trezentos mil reais. Parece que o “Trem” saiu dos trilhos, houve eleição no alvinegro, mas ninguém comenta nada a respeito, possivelmente a salvação será a antecipação do dinheiro da Copa do Brasil 2019, isso para não correr o risco de ter o patrimônio comprometido novamente, pois com a ação movida pelo atleta Junior Tevez, o imóvel a qual esta o complexo do clube ficou penhorado, nos tramites da lei, nas idas e voltas, um representante foi até a Bahia e fez um acerto com o atleta, ficando em trezentos e doze mil reais. Agora como acertar a casa? Eis a questão que a torcida esta preocupada com o enfraquecimento do elenco para 2019, tendo em vista a disputa do Estadual, Copa do Brasil e Serie D, bem complicado a situação do Galo da Avenida.

Ainda sobre o Corumbaense que foi campeão estadual do Sub-19 no ano passado, por pouco não ficou fora da competição que esta sendo disputada, por absoluta irresponsabilidade da diretoria que não enviou para o arbitral, um representante, precisou a equipe de Coxim desistir da competição, para que o alvinegro entrasse, porém com essas atitudes desconexas, a equipe virou caixa de pancada, não vislumbrando o aproveitamento da categoria de base para o estadual de profissionais, mais uma vez, acredito que teremos outra barca com jogadores inexpressivos tal qual Geraldo “G9” e cia que não deixaram saudades para o torcedor alvinegro. O que a diretoria precisa perceber é que dentro do futebol profissional, não cabe mais amadorismo, tem que haver planejamento e seguir a risca, assim era o CENE, até quando o reverendo Moon subsidiava as despesas do clube, nenhum centavo a mais, nem um centavo a menos, tanto que com o seu falecimento, o clube perdeu o rumo e deixou de disputar as competições oficiais da FFMS, será que isso pode ser algo que esta surgindo dentro do Corumbaense Futebol Clube?

Com alguns problemas que eram previstos, a LEC iniciou o Campeonato Amador de 2018, uma situação em que nem bola tinha para a abertura, algo bem vergonhoso e uma partida que assisti, quando fui transmitir para Aquidauana uma partida do Sub-19, a preliminar forçada o A. A. Castro meteu uma sacolada no desfigurado Brandão Junior, perdi a conta. Isso sem contar que a arbitragem é importada “Made In Bolívia (Péssima)”, quando não se tem prestigio, acaba ocasionando esses desencontros que só o futebol perde de goleada.

Não é trocas e trocas, mas aos poucos o brasileiro vai voltando as suas atenções para o retorno do Campeonato da Série A, a decepção se diverge entre os aficionados torcedores, dentro daquilo que se esperava e a expectativa que tínhamos, foi se esvaindo entre o cai-cai do Neymar, a ineficiência do Gabriel Jesus, Paulinho, Fagner e o peso da idade do Marcelo, creio que o Tite deve continuar, pois foi um divisor de águas ainda nas eliminatórias, caso contrario a vergonha seria maior, acredito que haverá uma renovação e terá tempo necessário para ter uma equipe competitiva para 2022 no Catar.

Novamente, o imbróglio envolvendo a LEC e o CFC, algo desnecessário que trás um prejuízo enorme para o futebol, pois a matéria publicada nos deixa estarrecidos pela forma em que distinguem Corumbá como uma cidade em que ninguém se entende, ao ponto de ser noticia em nível de Estado de forma tendenciosa, isso em razão de que as duas entidades permitem que terceiros que não conhecem a realidade, faça as suas observações inequívocas que fica uma imagem ruim tanto para a LEC, quanto para o Corumbaense.

Isso tudo começou em uma reunião na sede do Corumbaense, quando expirou o prazo do convênio, a LEC buscou apoio com alguns segmentos e meio goela abaixo queriam que o Executivo firmasse o convênio, sendo que o Município já havia retirado tudo que investiu no Estádio Arthur Marinho, só não os assentos acrílicos e cadeiras especiais.

Ora, não adianta querem retroceder no tempo, a LEC afirmou que tinha condições de continuar com as próprias pernas, entretanto, ao firmar o aluguel do Estádio Arthur Marinho para o Corumbaense, diz que recebeu apenas seis mil reais como pagamento, sendo que pelas contas do Corumbaense, faltava apenas quatro mil e quinhentos reais, em uma breve prestação de contas.

Agora há um processo na esfera jurídica que a LEC pleiteia integral pagamento do aluguel, o Corumbaense questiona não dever o que a LEC diz e quem perde é o Futebol Corumbaense, entretanto toda essa briga e a diretoria da LEC fez apenas a prestação de contas do bar, tenho auferido um total bruto de quarenta e quatro mil reais, que foi prestado contas com o conselho deliberativo, como perguntar não ofende, o conselho foi consultado a respeito do aluguel do estádio para o Corumbaense?  A informação que tenho é que a diretoria da LEC não preocupou-se em consultar o conselho deliberativo, o que é algo grave, pois deveria ter sido lavrado uma ata para convalidar a assinatura do referido contrato, entretanto, a diretoria esta administrando a entidade LEC da forma em que eles querem, não estão dando a mínima para o conselho deliberativo, rasgaram o estatuto social e vamos ver até aonde vai essa história ridícula, pois nenhuma entidade uma diretoria administra sozinha, cada um tem a sua competência para que haja concordância que beneficie a entidade, aliás, como tinha a maioria dos votos, houve uma votação para a não municipalização do estádio Arthur Marinho, que poderia ser anulada, pois havia pessoas estranhas na reunião palpitando, para hoje, o futebol corumbaense ser chacota em matérias estapafúrdias publicadas por meios de comunicação tendenciosos. Agora arquem com o ônus dessa confusão tola e desnecessária.

Futebol brasileiro retomou as atividades com dificuldades. Jogadores fora de ritmo e desfalque nos elencos prejudicam a qualidade técnica e tática das equipes. Na volta do Campeonato Brasileiro, a dura realidade de assistir a jogos de menor qualidade tática voltou. A verdade é que estamos numa fase relativamente difícil para o nosso futebol, pois os jogadores estão fora de ritmo de jogo devido à pausa para a disputa da Copa. Além disso, alguns dos grandes clubes perderam peças importantes de seu elenco e de comando técnico, devido à janela de transferências. E, esta situação irá demorar um tempo para se normalizar.

Reginaldo Coutinho – Delegado sindical dos radialistas de Corumbá, cronista esportivo, locutor apresentador do programa Transnotícias na rádio Transamérica.

Por corumbaonline

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