Na Boca do Túnel

18 de junho de 2024

Reginaldo Coutinho – Delegado sindical dos radialistas de Corumbá, cronista esportivo, locutor apresentador do programa Transahits na rádio Transamérica

ATLETAS INDISCIPLINADOS

Atletas indisciplinados devem ser eliminados do contexto da prática esportiva. Caso contrário, cenas desagradáveis continuarão ocorrendo. Por exemplo, em Ladário, na categoria veteranos, um atleta que só arruma confusão em qualquer modalidade que participa quebrou ou fraturou duas costelas de seu adversário. Isso traz um enorme prejuízo para o esporte em geral. Não dá mais para tolerar atitudes desairosas que destoam completamente do objetivo de fomentar qualquer modalidade esportiva. Existe um grupo seleto de atletas que agem com maldade nas disputas. Devemos impedir que continuem atuando nos campos e quadras de nossa cidade e em Ladário. Um movimento conjunto contra essas atitudes, que não coadunam com o fair play, está prestes a começar.

A COPINHA DO FUTURO

Um evento está sendo realizado no Poli Esportivo da Porto Carreiro com significativa presença de pais, amigos e amantes do futsal nas categorias de base. É muito gratificante observar meninos diferenciados que agitam a galera. O coordenador Carlos Alberto Oliveira, o popular Bézinho, tem uma paciência de Jó para lidar com alguns pais mais exaltados. O princípio da disputa e do respeito dentro da quadra deve estar presente também nas arquibancadas do ginásio. Caso contrário, a motivação de criar essas competições para que os meninos se destaquem e sigam em frente se perde. Corumbá, há anos, não revela um grande talento lapidado nas categorias de base. Todos devem valorizar esse momento, pois perder, empatar ou ganhar faz parte de qualquer competição. Nessas categorias de base, ninguém é infalível, e a derrota faz parte do aprendizado. É necessário preparar esses atletas para todos os desafios que uma partida de futebol impõe.

A COPA PÉ DURO, MAS COM DINHEIRO NO BOLSO

A Copa Pé Duro movimentou o mercado da bola no futebol society promovido pelo XandyLove no campo do Complexo Esportivo do Guatozão. Equipes bem equilibradas e um número recorde de inscritos, com 22 equipes, disputam uma premiação de 10 mil reais. As rodadas acontecem aos sábados e domingos. Até agora, a disciplina está ótima e o nível técnico também, sem equipes fracas. Os participantes se esforçam para manter o nível da competição, e o público comparece para prestigiar. Alguns vão para torcer, outros para socializar e tomar sua cerveja, o que faz parte do contexto. O evento cresceu muito em quantidade e qualidade, graças à transparência e objetividade que marcam as competições XandyLove.

O TJD

O Tribunal de Justiça Desportiva poderia ser integrado às questões disciplinares da região. Não vejo outra solução para garantir a presença do público nas partidas, independentemente da modalidade. Sempre há “perrengues” resultantes de questões pessoais que atrapalham o andamento das competições. Com um Tribunal de Justiça Desportiva único, a animosidade em algumas partidas jogadas por atletas que se provocam dentro do campo ou quadra seria reduzida. Uma campanha objetiva contra a violência no esporte é necessária para garantir a integridade física de todos os participantes e da própria torcida, que inclui famílias e crianças em aprendizado. A seriedade com que XandyLove conduz as competições por ele fomentadas é crucial.

O CARTÃO VERMELHO

O cartão vermelho vai respingar no presidente da CBF, que deveria repassar 200 mil reais ao Cesário. Em conversas investigadas, o presidente da CBF teria repassado apenas 100 mil. A FFMS é a ponta do iceberg. Se outras federações forem investigadas, o futebol brasileiro pode entrar em colapso devido às irregularidades que certamente serão encontradas. Enquanto isso, Cesário é o bode expiatório de um grande esquema que certamente existe no futebol brasileiro. Será que o GAECO terá coragem de continuar com essas investigações? Há muito tempo, existem desmandos em muitas federações, que sempre encontram um “pano quente” para amenizar a crise. O envolvimento em apostas parece ter sido abafado, com apenas alguns jogadores sem expressão sendo execrados. Há muitos outros que não foram investigados. Paquetá, por exemplo, pode ter sua carreira encerrada, e a CBF ignora o problema. Mesmo assim, o técnico Dorival Junior ainda convoca o atleta para a seleção, e com o psicológico abalado pelas acusações, ele não rendeu nos dois amistosos. Imagine na Copa América. Coisas do futebol brasileiro.

Por Da Redação

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