José Guilherme Maracci, de 10 anos, morreu na madrugada de sábado (9) e a suspeita é que ele tenha sido picado por um escorpião. A criança foi transferida do  Regional em Nova Andradina para , mas não resistiu a uma parada cardiorrespiratória. Essa pode ser a quarta  de criança vítima de ataque de escorpião em Mato Grosso do Sul neste ano.

A família é de Batayporã, a 309 quilômetros de Campo Grande, cidade em que o menino recebeu os primeiros atendimentos. Segundo o site Jornal da Nova, ele havia dado entrada na unidade hospitalar com fortes dores no braço. Na madrugada de sexta-feira, foi levado para a unidade hospitalar de Nova Andradina, entretanto, foi levado para Dourados, não resistiu e faleceu.

Ainda conforme o site, a autópsia deverá confirmar a causa da morte. Apesar da não confirmação sobre uma picada de escorpião, o braço do menino apresentava uma lesão vermelha.

O pai de José é servidor da prefeitura. O município publicou uma nota de pesar lamentando a perda. “Menino querido por todos, José Guilherme, apesar da tenra idade, deixa uma história de amor à família e aos amigos. Nesse momento de imenso pesar, rogamos ao Senhor que ministre o consolo divino e fortaleça a todos!”, diz o comunicado.

Crianças são as principais vítimas

Com total de 3.623 ataques de escorpiões de janeiro a novembro de 2023, Mato Grosso do Sul registrou média de cinco acidentes todos os dias durante o período, número 13,04% maior que em todo o ano passado.

Agora, com o período de férias escolares se aproximando, o setor de saúde entra em nova fase de alerta no Estado.

Conforme os dados da  (Secretaria Estadual de Saúde), a morte em Batayporã pode ser a quarta vítima de escorpião em Mato Grosso do Sul neste ano.

Somente na cidade de Ribas do Rio Pardo, a 96 quilômetros de Campo Grande, foram registradas duas mortes. Entre as vítimas estão Maria Fernanda, de 4 anos, que foi picada enquanto dormia, e Pyetro Gabriel Arguelho, de 5 anos, que foi picado ao calçar o sapato.

Em 23 de setembro, uma menina de seis anos, moradora de Brasilândia, a 328 km de Campo Grande, foi picada pelo animal peçonhento, não resistiu e morreu no dia seguinte depois de ser transferida para um hospital em Três Lagoas, a 326 km da Capital.

Galinhas se tornam aliadas na guerra contra o bicho

Em reportagem publicada neste domingo (10), o Midiamax mostrou que, apesar de proibida, a criação de galinhas na área urbana virou arma dos moradores contra o escorpião. Desde 2009, Campo Grande proíbe a criação de galinhas em área urbana. Ainda assim, moradores criam a ave para conter escorpião, já que, sazonalmente, aumentam os acidentes com o animal nas residências – sobretudo nas épocas de calor.

Entretanto, criar as galinhas pode ser uma mesma balança com dois pesos. Enquanto a proibição aconteceu por conta dos vetores transmitidos pelas fezes da aves, a criação das mesmas resiste para ir contra a proliferação dos insetos.

Na mesma leva de proibir a criação de galinhas, a Prefeitura de Campo Grande também vetou a venda desses animais adultos. Apenas o comércio de pintinhos é permitido.

Mesmo assim, a população compra os filhotinhos para crescerem e atuem eliminando os escorpiões. “Escorpião, lacraia, qualquer tipo de inseto rasteiro a ave a tende a capturar, então tem bastante procura”, explica o empresário Leandro Passos, que tem um empreendimento voltado para o mundo animal.

Segundo ele, o pintinho demora até 5 meses para chegar a fase adulta. “Pro comércio, hoje, na região urbana, é bem restrito porque não pode criar aves soltas dentro da residência. Mesmo assim, o pessoal compra para ajudar no controle de pragas”, conta.

“Tem bastante procura, mas a gente deixa bem claro que tem a lei sanitária e que não pode criar na área urbana”, completa.

Por Midiamax

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