O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado Junior Mochi (PMDB), retirou da pauta desta terça-feira (3) a votação do projeto de reajuste salarial de 3,04% aos 75 mil servidores do Estado, após pedido da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de MS).

A requisição se baseou no fato de que a votação estava programada para ocorrer nesta manhã, antes de uma audiência pública entre os servidores programada para as 14h, que iria justamente discutir as particularidades do projeto de reajuste.

Nesta manhã, na sessão do Legislativo, o deputado João Grandão (PT) fez uma requisição para que o coordenador da Federação, Ricardo Bueno, fosse incluso nas falas na tribuna. A princípio, Mochi foi irredutível quanto à inclusão do sindicalista.

Segundo o presidente da Casa, o requerimento para inclusão de oradores nas sessões da Assembleia deveria ter sido feito com 48h de antecedência, conforme determina o código regimental da Casa.

Além disso, Mochi alegou que apenas um orador por sessão poderia ser admitido via requerimento. Na última quinta-feira (29), a deputada Mara Caseiro pediu a inclusão do presidente do Sindicato dos Corretores de Imóveis na sessão desta terça, o que já foi aprovado pelos parlamentares.

Dessa forma, segundo Mochi, apenas a deputada poderia retirar o requerimento e dar lugar ao coordenador da Fetems na tribuna. Entretanto, a parlamentar não estava presente nessa sessão.

Em contrapartida, o deputado Cabo Almi pediu que, em respeito aos servidores, que pelo menos fosse realizada a audiência pública antes da votação do projeto. A reivindição atende pedido da FETEMS, que organiza uma manifestação contra a votação do projeto nesta manhã.

Em resposta ao deputado, Mochi retirou de pauta a votação do projeto de lei, que terá nova data para ser definido. A FETEMS se organiza em frente à Assembleia nesta manhã para um almoço, seguido da audiência pública às 14h.

Por corumbaonline