No início da manhã desta quarta-feira (4), quatro pessoas morreram em confronto com a polícia na região da linha internacional, entre Coronel Sapucaia e Aral Moreira, aproximadamente 400 quilômetros distante de Campo Grande. Todos seriam membros da quadrilha que tentou assaltar um carro-forte na última segunda-feira (2).
Além dos quatro mortos, também há suspeitos que foram presos, entre eles um funcionário da Prefeitura de Coronel Sapucaia. Ele trabalha como motorista e foi preso por dar abrigo e apoio à quadrilha, mas o envolvimento dele ainda será apurado. Conforme o secretário da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública) Antônio Carlos Videira, o esconderijo foi identificado ainda na noite de terça-feira (3).
Com mandados expedidos pela juíza de Amambai, equipes policiais foram até a chácara. Os policiais teriam sido recebidos a tiros pelos bandidos e houve confronto, sendo que quatro morreram no local e outros foram presos. Entre os mortos está José Francisco Lumes, o ‘Zé de Lessa’, apontado como líder de facção criminosa da Bahia, um dos mais procurados naquele Estado.
Também segundo o secretário, o bando é suspeito de ser o mesmo que explodiram um carro-forte com dinamites em 2017, na mesma região. Atuam na operação equipes do DOF (Departamento de Operações de Fronteira), Defron (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira), Garras (Delegacia Especializada em Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros), Bope (Batalhão de Operações Policiais Especiais), CGPA (Coordenadoria Geral de Patrulhamento Aéreo), com helicóptero da polícia, entre outras forças policiais.
Roubo frustrado
O roubo a carro-forte ocorrido na manhã de segunda-feira, na rota para a fronteira com o Paraguai, foi um grande fracasso. Segundo a polícia ninguém se feriu e nada foi levado do local. O veículo da empresa de transporte de valores seguia pela rodovia MS-156, sentido Caarapó a Amambai, quando houve aproximação dos criminosos que estavam em um Jeep Renegade.
Eles deram um tiro na direção do vidro do blindado. O motorista então realizou manobra evasiva e a equipe fugiu para dentro do pasto, deixando a porta trancada. Os criminosos armaram explosivo, mas não houve detonação completa e o carro-forte continuou fechado. Ocorreu o que a polícia chama de explosão de baixa ordem, que é quando o explosivo não é acionado por ser velho ou outros motivos.
Na fuga, o Renegade não deu partida e eles incendiaram o automóvel. Em seguida, renderam um motorista de caminhão e fugiram. Eles desceram do caminhão sentido Aral Moreira, portando explosivo C4. Por este motivo, os policiais acreditam que estavam entre quatro ou cinco, caso contrário não conseguiriam ser transportados