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Após a sessão da CPI da JBS terminar com um pedido de vistas por vários parlamentares nesta terça-feira (12), o deputado federal eleito por MS, Carlos Marun (PMDB), voltou atrás da decisão de pedir a prisão do ex-procurador-Geral da República, Rodrigo Janot.

Em seu relatório apresentado na terça à CPI, Marun pediu o indiciamento e prisão de Janot e de seu ex-chefe de gabinete, Eduardo Pelella. Nesta quarta-feira (13), Marun disse à imprensa nacional que “refletiu” e que não pedirá mais o indiciamento de ambos.

Segundo os portais nacionais, o deputado teria alegado que não pretende “cometer o mesmo erro de açodamento” cometido por Janot, e que não gostaria de prejudicar “a harmonia dos Três Poderes”. “Tenho dificuldade em parecer com aqueles que eu critico”, disparou Marun.

“Refleti sobre essas questões. Não fiz apenas uma análise jurídica, mas também comportamental. Em mantendo o indiciamento e reconhecendo a materialidade, talvez estivesse cometendo o mesmo erro que foi cometido pelo senhor Janot e pelo senhor Pelella: o açodamento”, disse.

Ao invés do indiciamento, Marun disse que irá pedir ao MPF (Ministério Público Federal) que promova uma “investigação profunda” contra Janot e Pelella, para saber como ambos conduziram o acordo de delação premiada com a JBS.

CPI da JBS

No relatório inicial de Marun, o deputado pedia a prisão de Janot e seu antigo chefe de gabinete por “subversão à ordem política”, previsto na Lei de Segurança Nacional, e também por difamação, calúnia e abuso de autoridade.

A CPI investiga os termos do acordo de delação premiada entre a PGR (Procuradoria Geral da República) e a JBS, que resultou em duas denúncias contra o presidente Michel Temer (PMDB), elaboradas por Janot.

Além de Janot e Pelella, Marun pediu o indiciamento do ex-procurador Marcelo Miller, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, e do ex-operador financeiro da JBS, Ricardo Saud. Apesar da “reflexão”, Marun manteve o pedido de indiciamento dos três.

Por corumbaonline