As quatro pessoas que ocupavam o helicóptero encontrado nesta segunda-feira, 12, não resistiram à queda e morreram. A informação foi confirmada pelas polícias Militar e Civil em uma coletiva realizada no início da tarde. A causa da queda ainda é apurada.

As vítimas são Luciana Rodzewics, de 46 anos; sua filha, Letícia Rodzewics Sakumoto, de 20; um amigo delas, Rafael Torres; e o piloto, Cassiano Tete Teodoro, de 44. “Infelizmente, gostaria de estar dando uma notícia diferente, mas todos estão mortos. Foram identificados quatro corpos na aeronave. É o mesmo helicóptero [desaparecido]”, afirmou o Coronel Ronaldo Barreto de Oliveira, comandante da Aviação da PMESP.

Os trabalhos de busca nesses 12 dias contaram com a atuação das polícias Civil, Militar, e Força Aérea Brasileira, e encontraram a aeronave na região de Paraibuna (SP). De acordo com o delegado do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (Dope) Paulo Sérgio Campos Melo, na tarde de quinta-feira, 11, a estratégia de busca foi mudada, e passou a abranger uma área menor, com voos mais baixos.

Esse mecanismo não havia sido utilizado antes, pois não havia muitas informações sobre os sinais de celulares das vítimas. Com o passar dos dias, foram chegando novas informações, e com base na triangulação do sinal de antenas de celulares, é que foi definida a abordagem.

O que possibilitou diminuir essa área, foi uma análise através da inteligência da Polícia Civil, que eles poderiam estra naquele setor da estação de rádio base de Paraibuna, no km 54″, explica. O helicóptero foi avistado em uma área em meio a Mata Atlântica, na região da Serra do Mar, por volta das 9h15.

Em seguida, equipes especializadas foram acionadas para descer até o local, onde foi possível determinar que haviam quatro corpos dentro da aeronave. Embora o helicóptero tenha sido localizado, ainda não se sabe o motivo da queda.

“Seria uma imprudência a gente afirmar algo tecnicamente sem saber. A perícia, tanto da aeronáutica, quanto da Pòlícia Civil vai apurar essa situação”, declarou Melo.

Equipes do Insittuto Médico Legal (IML) e da Polícia Técnico Científica devem ir para o local para fazer a perícia dos corpos e da aeronave em meio a mata. Após a coleta de dados, os corpos das vítimas devem ser encaminhados para o IML, onde passarão por exame necroscópico, que determinará a causa da morte.

Buscas pejudicadas devido ao tempo
De acordo com o Coronel Oliveira, nos primeiro dias, as buscas foram prejudicadas devido às condições meteorológicas, além do terreno montanhoso. “A cor do helicóptero é um cinza escuro e também prejudicava muito, e as informações disperças, eram divergentes”, relata. Mais de cem chamadas de avistamentos de helicóptero foram recebidas pelo 190.

Destroços do helicóptero foram encontrados nesta sexta-feira (Foto: Divulgação/SSP-SP)

“A gente tratou as informações através de ligações de solicitantes, e todas aquelas que a gente viu oportunidade de averiguar, e todas foram averiguadas”, esclarece. Outra ponto que dificultou a localização foi a falta de localizador na aeronave, mas o cruzamento dos sinais dos celulares, foi crucial para estipulada o ponto próximo de onde o helicóptero estaria localizado.

Melo afirma que helicóptero foi localizado a cerca de 10 quilômetros de onde fez o pouso de emergência. “Ele está muito próximo das [Rodovia] Tamoios. Desse ponto que ele efetuou o pouso na beira da represa, até o encontro tem aproximadamente 10 quilômetros”, explica.

Agora, os técnicos do Seripa IV, da Força Aérea Brasileira e órgão responsável por fazer a investigação do acidente, apurará as caudas, bem como a Polícia Civil, pela Seccional de Jacareí.

Por Portal Terra