O Instituto Homem Pantaneiro (IHP), por meio do Programa Felinos Pantaneiros, ampliou o monitoramento da área onde foram avistadas onças-pintadas em frente aos municípios de Corumbá e Ladário. Os avistamentos ocorreram na área que fica do outro lado do Rio Paraguai. Com a intensificação do monitoramento, a intenção é garantir a segurança dos animais e também da população.
Na região, foram instalados repelentes luminosos, câmeras trap e sensores de movimento. Com isso, será possível levantar informações sobre a rotina dos felinos e, também, evitar que seres humanos frequentem o local. O IHP recebeu denúncias anônimas de uma possível ação de caçadores na região. O fato já foi comunicado às autoridades competentes, que também se comprometeram a reforçar o monitoramento da região.
De acordo com o médico-veterinário do IHP, Diego Viana, as onças-pintadas têm ocupado a região próxima ao perímetro urbano por conta dos incêndios florestais que atingiram o Pantanal e, também, da seca. “Esta é uma área de mata ciliar que não foi atingida pelo fogo, está preservada e reúne animais como capivaras, ariranhas e jacarés, que são presas das onças. Além disso, com a seca, a disponibilidade de água e alimento em outras regiões foi afetada, o que também atrai estes animais para essa região”, explica.
Viana reforça, ainda, que, apesar do avistamento das onças-pintadas ter ocorrido na região próxima a Corumbá e Ladário, não significa que os animais fiquem só ali. “Um animal macho pode circular por uma área que chega a 120 km², enquanto a fêmea chega a ocupar um espaço de 80 km². Então, é, em alguns momentos, do dia ou da semana, que ocupam esta área”, afirma.
O IHP está a disposição da população para tirar dúvidas sobre as onças e os avistamentos recentes. A orientação é que, ao avistar uma onça, além de manter distância, comunique o instituto, por meio dos telefones (67) 99934-9787 e (67) 99987-0467.
Sobre o IHP
Fundado em 2002, o Instituto Homem Pantaneiro é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, que atua na gestão de áreas, conservação e preservação do bioma Pantanal e da cultura local. Sua missão é “Preservar o Pantanal”. Tem sede em Corumbá – Mato Grosso do Sul.
Como programa principal da Instituição, está a gestão do Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar (Rede do Amolar), criado em 2008 e que tem como finalidade propor ações de gestão integrada entre as organizações parceiras para proteção de 276.000 hectares, sendo que 201.000 hectares legalmente protegidos. A iniciativa surgiu a partir da parceria entre IHP, Instituto Acaia Pantanal, Fazenda Santa Tereza, Fundação Ecotrópica e Parque Nacional do Pantanal Mato-grossense/Instituto Chico Medes (ICMBio) e Polícia Militar Ambiental.