Autoridades dos governos brasileiro, boliviano, de Mato Grosso do Sul, da Prefeitura Municipal de Corumbá e empresários do setor logística reúnem-se nesta segunda-feira (30), em Corumbá para discutir o projeto da Ferrovia Transamericana – modal logístico que engloba 1,6 mil km de ferrovia, ligando o Porto de Santos a Corumbá e outros 600 km dentro da Bolívia, totalizando 2,4 mil km de linha férrea.

A Reunião bilateral de Desenvolvimento Ferrovia Brasil-Bolívia será realizada no Centro de Convenções de Corumbá, das 14h às 17h e é promovida pelo governo federal, por meio do Ministério das Relações Exteriores (MRE), em parceria com o governo da Bolívia e o apoio do Governo do Estado, por meio da Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e a Prefeitura Municipal de Corumbá.

Participam da reunião o ministro de Obras Públicas, Serviços e Habitação da Bolívia, Milton Claros, o ministro João Carlos Parkinson de Castro, Chefe da Coordenação- Geral de Assuntos Econômicos de Latino-Americanos e Caribenhos – CGLAC/MRE, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, o secretário Jaime Verruck, da Semagro, o prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes e outras autoridades e empresários.

No encontro, organizado em formato de Seminário, serão apresentados estudos já realizado sobre o projeto, que envolvem desde a viabilidade econômica das malhas viárias existentes, os regimes regulatórios do sistema de transporte de cada país, leis aduaneiras e infraestrutura de transbordo e intermodal existentes. Ao final, o ministro João Carlos Parkinson fará a apresentação de consensos obtidos e próximos passos, com abertura para imprensa.

Mais competitividade para o Estado

Para o Governo do Estado, a Ferrovia TransAmericana desponta como um corredor logístico integrado, conectando terminais, ferrovias e portos, entre eles o Porto Seco de Três Lagoas (em andamento) e o Porto de Santos. Com ramais que vão da fronteira com a Bolívia até São Paulo, os produtos dessa região ganhariam patamar internacional, chegando a muitos países importadores.

O estudo de viabilidade econômica mostrou que há potencial para que o modal escoe celulose, grãos (soja, milho e farelo), combustível, fertilizantes, ferro-gusa, minério de ferro, ureia, madeira e açúcar. Daniel Rossi destaca que para que a ferrovia seja viável é necessário o máximo de produtos passando por lá, mas não há ainda uma estimativa de carga anual.

A viabilidade da ferrovia, no entanto, depende de vários fatores como a prorrogação por mais 30 anos da concessão da Ferroeste à Rumo, de um road show com empresários e o financiamento do empreendimento orçado previamente em 2 bilhões de dólares.

Confira abaixo a programação da Reunião bilateral de Desenvolvimento Ferrovia Brasil-Bolívia.

REUNIÃO BILATERAL DE DESENVOLVIMENTO FERROVÍA BRASIL-BOLIVIA
Local: Centro de Convenções de Corumbá

14h00 – Abertura

14h20 – Malhas viárias: compatibilidades e desafios | Daniel Rossi, Valoro Estratégico Consultoria/ALL Rumo |Representante da Administradora Boliviana de Carreteras/Unitad Técnica de Ferrocarriles

15h00 – Regimes regulatórios: convergências e divergências | Noburo Ofugi, Chefe de Assessoria Técnica para Transporte Internacional – ANTT  | Representante de Autoridad de Regulación y Fiscalización de Telecomunicaciones y Transporte

15h30 – Trânsito fronteiriço de cargas e multimodalidade & Controles aduaneiros: autonomia e cooperação | Thiago Carim Bucker, Superintendente Regional do DNIT/MS | Enio de Motta Junior, Chefe da Divisão de Administração Aduaneira da 1ª Região Fiscal – Receita Federal | Representante Aduana Nacional boliviana

16h00 – Otimização de Processos, procedimentos e tempos de carga boliviana de ureia ao Brasil | Representante da AGESA- Armazéns Gerais Alfandegados do Mato Grosso do Sul S.A |Enio de Motta Junior, Chefe da Divisão de Administração Aduaneira da 1ª Região Fiscal –   Receita Federal | Representante da Aduana Nacional boliviana | Representante dos Ministerios da Agricultura do Brasil e da Bolívia

16h30 – Aumento da capacidade de armazenamento de cargas bolivianas no interior do Brasil | Representante da AGESA- Armazéns Gerais Alfandegados do Mato Grosso do Sul S.A | Representante da Bolívia

17h00 – Apresentação de consensos obtidos e próximos passos (ABERTURA PARA IMPRENSA) | Ministro João Carlos Parkinson de Castro, Chefe da Coordenação- Geral de Assuntos Econômicos de Latino-Americanos e Caribenhos – CGLAC/MRE

Por corumbaonline

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