Neste sábado (19), é comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. A data foi instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas), em 2014. A intenção é, com a data, atrair atenção mundial para o impacto econômico e social do movimento, fortalecendo o protagonismo feminino.

Em Mato Grosso do Sul, são 136 mil mulheres que conduzem o próprio negócio. O dado é do PNADC (Plano Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) de 2019, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Segundo o Sebrae-MS, 73 mil mulheres no Estado já são microempreendedoras.

Samara é maquiadora

Corumbá também tem mulheres empreendedoras que têm se destacado nas áreas em que escolheram atuar. Uma delas é a maquiadora Samara Farias. Apesar de ter crescido dentro de um comércio – o pai dela tinha uma padaria -, foi somente depois de se formar em Direito e atuar como advogada que Samara decidiu empreender.

Atuando como advogada, Samara conta ter percebido que demoraria a ganhar dinheiro com a profissão escolhida. Foi aí que ela resolveu investir em um hobby antigo: a maquiagem.

“Durante a faculdade, comecei a acessar conteúdos de beleza na internet e me interessei mais por maquiagem. Comprava muita coisa de maquiagem. Gostava muito, mas não fazia maquiagens profissionalmente. Quando terminei o curso, advoguei por um tempo, mas não ganhava tanto dinheiro. Aí, comecei a trabalhar com maquiagem. No começo, tinha muita resistência de atender, mas meu marido ia me impulsionando, algumas amigas também ajudaram, escolhiam fazer maquiagem comigo”, relembra a maquiadora.

No início, Samara começou dentro do próprio quarto, em uma penteadeira simples. Três anos depois, ela inaugurou o próprio espaço, o Ateliê Samara Farias. Graças à divulgação das próprias clientes e ao trabalho desenvolvido no Instagram, a empreendedora, agora, comemora os três anos do espaço próprio.

“Temos três anos do meu ateliê aberto e, graças a Deus, tem dado muito retorno. Tomou uma proporção que nem eu imaginava que teria. A maquiagem começou como um hobby e hoje é minha profissão. Tenho muito orgulho de realçar a beleza das mulheres e ajudar a elevar a autoestima de cada uma delas”, garante.

A empresária Sueli Baruki também foi responsável por uma reinvenção. Uma receita extremamente afetiva da família, com o empurrão de uma amiga, se transformou em um negócio: a Dino Balas.

Sueli fabrica balas com receita da família

Formada em Administração e Educação Física, Sueli atuou por 20 anos na área da saúde, como professora de ginástica e administradora de academia. Quando o negócio encerrou as atividades, ela passou a se dedicar integralmente aos cuidados da mãe. “Após o falecimento da minha mãe, percebi que precisava voltar a investir em mim. Foi quando minha amiga Rosi me propôs de fazermos balas de coco para vender. Ela sabia que, em nossa família, esse doce era tradição de todos os aniversários e todos amavam comê-lo”, relembra.

As balas são uma paixão da empreendedora desde a infância. Foi com a mãe, Dinorah, mais conhecida como Dino, que Sueli aprendeu a receita de bala de coco. O convite da amiga bastou para que Sueli mergulhasse na produção das balas.

“Topei de imediato e logo produzimos a primeira receita. Vendemos tudo. Ficamos entusiasmadas demais e, desde então, surgiu a Dino Balas. Hoje, sigo no empreendimento com o auxílio da Tatiana fazendo balas de diferentes formatos e sabores, além de maçãs artesanais e pirulitos de cristal. A proposta do nosso produto é trazer o gostinho da infância até os nossos clientes”, garante.

Empreendedorismo feminino em MS 

Pesquisa realizada pelo IPF (Instituto de Pesquisa Fecomércio), Fecomércio MS e Sebrae-MS, em outubro de 2019, identificou o perfil da mulher empreendedora sul-mato-grossense. Segundo o levantamento, 80,6% das mulheres empreendedoras têm filhos e 70,8% são casadas ou vivem em uma união estável.

A pesquisa também mostrou que, entre os principais motivos que levaram estas mulheres a empreender, estão: possibilidade de renda, vontade/sonho e conciliar o trabalho com a família. Entre as mulheres empreendedoras, 36,5% são responsáveis pela renda principal da família e 67,9% têm outras fontes de renda além do negócio.

Por Da Redação