A disponibilização de passagens a preços promocionais no trecho Corumbá – Campo Grande – Corumbá, em pelo menos duas viagens diárias, é o que está sugerindo o vereador Chicão Vianna à Andorinha, para melhor atender a população corumbaense que, hoje, paga um valor considerado altíssimo, um dos maiores do Brasil. Para se ter uma ideia, de Campo Grande a Cuiabá, com uma distância acima de 700 quilômetros, a passagem varia de R$ 190,00 a R$ 280,00.
Ontem, terça-feira, 29, o vereador voltou a tratar do assunto, apresentando um requerimento direcionado à direção da Andorinha, que detém a concessão dos serviços de transporte intermunicipal de passageiros, questionando os motivos pelos quais a empresa não disponibiliza passagens à R$ 34,90 nesse trecho, como já o fez em 2020.
Pediu inclusive que a concessionária preste informações à Câmara sobre o assunto, lembrando que, naquela oportunidade, praticou preços promocionais por vários meses, coincidindo com o fato de que outra empresa tentava se instalar no município.
“Isso fez com que a Andorinha, em fevereiro de 2020, optasse por trechos promocionais, partindo de R$ 49,90 em fevereiro, chegando R$ 34,90 à partir de março daquele ano. Foi uma prova que é possível disponibilizar passagens acessíveis à população pantaneira”, lembrou.
O vereador, ao fazer uso da palavra livre, citou que, dias atrás, tratou do mesmo tema, ressaltando que a luta é de todos na cidade. “É um dos quilômetros rodados mais caro do Brasil. Isso não está correto, a empresa pratica um valor abusivo em nossa região, maior que no Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro”.
Dias atrás, o assunto foi levantado pelo vereador que, na época, pediu explicações por parte da Andorinha e da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGEMS), sobre os valores das passagens desse trecho que está entre R$ 157,00 e R$ 276,10.
CONCORRÊNCIA
O tema foi bastante debatido durante a sessão com participação dos vereadores Daniel Brambilla, Yussef Salla e Ubiratan Canhete de Campos Filho, Bira, presidente da Casa de Leis, que lembrou encontro ocorrido em 2017, na antiga AGEPAN, agência reguladora, quando uma nova licitação foi discutida, com a entrada de, pelo menos, mais uma empresa para atender o trecho.
Bira disse que é importante todos trabalharem de forma conjunta, inclusive junto às autoridades competentes para que outra empresa passe também a operar o trecho Corumbá – Campo Grande – Corumbá. “É uma ‘briga’ que tem que ser de toda Casa, de toda a esfera do poder público”, reforçou.
Chicão ressaltou que, além de buscar preços promocionais, o passo a seguir é trabalhar pela entrada de uma ou mais empresas para operar no trecho entre a capital do Pantanal e a capital do Estado, para melhor atender a população corumbaense.