Os valores das passagens praticados pela empresa de transportes intermunicipal de passageiros, a Andorinha S/A, voltou a ser criticado na Câmara Municipal pelo vereador Chicão Vianna que, novamente, cobrou uma posição das autoridades competentes, pelo fim do monopólio do sistema na região.
Durante sessão ordinária esta semana na Câmara, o vereador apresentou um requerimento direcionado à empresa, com cópia à Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos (AGEMS), questionando os valores e pedindo explicações para o fato de as passagens do trecho entre Corumbá-Campo Grande-Corumbá, estar entre R$ 157,00 e R$ 276,10.
Considerou os valores exorbitantes e que prejudicam “a subsistência dos consumidores que necessitam utilizar a linha operada pela empresa”, que oferece nove horários de viagens, e em somente dois, o valor sai a R$ 157,00. “Os demais são vendidos entre R$ 187,74 e R$ 276,10”, acrescentou.
O vereador informou que a situação se agrava quando a passagem é adquirida partindo de Campo Grande, onde os valores alcançam R$ 278,84, se aproximando dos R$ 300,00. “Diante disso, estamos solicitando que a empresa juntamente com a Agência Reguladora, revejam os valores cobrado, impraticáveis aos consumidores que necessitam utilizar da referida linha”, continuou.
Chicão ressaltou ainda que, caso necessário, será realizada nova Audiência Pública para debater o tema e, caso não seja obtido o resultado favorável à população, será também instaurada uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), visando investigar os valores praticados pela única empresa que possui o direito de operar no referido trecho.
“É o quilômetro rodado mais caro Brasil”, pontuou. Lembrou que se trata de uma luta antiga que foi retomada agora, após o processo eleitoral. Pediu apoio de todos os pares da Casa de Leis para buscar uma solução para que a população tenha acesso ao transporte de passageiros que hoje, “chega a 30% do salário-mínimo”.
O vereador foi taxativo ao afirmar que é possível baratear os custos. “Prova disso foram os valores praticados quando outras empresas passaram a operar aqui, mas acabaram deixando a região devido a ocorrências que todos sabem. Até os aplicativos estão perseguindo, inclusive para se deslocar de Corumbá a Ladário e vice-versa”, completou.