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A ligação da região de Porto Esperança a Corumbá por terra é uma questão de tempo. Durante encontro na tarde de quarta-feira, 12 de abril, na sede da Fundação de Meio Ambiente do Pantanal, ficou definido que o órgão municipal vai encaminhar um documento à Promotoria do Meio Ambiente de Corumbá, com embasamento legal, permitindo à Vale, a doação de material que será utilizado no encascalhamento do trecho entre a BR 262 e o distrito localizado às margens do Rio Paraguai.

A abertura da estrada que ligará Porto Esperança a Corumbá por terra, é um pedido da comunidade local e o caso está sendo acompanhado pela Câmara Municipal de Vereadores que, dias atrás, por meio de um requerimento do presidente do Poder Legislativo, Evander Vendramini (PP), solicitou à Fundação de Meio Ambiente, uma autorização para a Vale doar o material (fino do minério), que será utilizado na obra.

A reunião de ontem à tarde avançou neste sentido. O encontro contou com a participação da diretora-presidente da Fundação, Ana Cláudia Boabaid; do secretário municipal de Governo, Cássio Augusto da Costa Marques; do vereador e presidente da Câmara, Evander Vendramini; do gerente da Vale, Olemar Tibães, que estava acompanhado de sua equipe, além de representantes da comunidade do distrito.

Olemar reafirmou na reunião que a Vale está disposta a doar o material necessário para a abertura da estrada. Mas, para isto, é preciso receber uma autorização dos órgãos ambientais. “Temos que nos resguardar, não sofrer sanções pela liberação do material”, disse.

A diretora da Fundação sinalizou de forma positiva, mas informou que, antes de liberar a autorização, vai encaminhar documentação para a Promotoria do Meio Ambiente, para evitar qualquer tipo de problema.

“Vamos elaborar um documento com embasamento legal, e encaminhar à Promotoria do Meio Ambiente. Vou conversar pessoalmente com a promotora sobre esta questão e acredito que não haverá problemas”, disse Boabaid. Somente após isto é que a instituição ambiental vai liberar a autorização para a Vale doar o material.

O vereador Evander Vendramini, que está acompanhando a questão de perto, demonstrou confiança. “Além de ligarmos Porto Esperança a Corumbá por terra, vamos resolver um grande problema dos moradores do distrito que, hoje, tem como opção durante todo o ano, somente o Rio Paraguai. E para se locomover até a cidade, uma viagem de Porto Esperança até o Morrinho, gira em torno de R$ 200,00”, revelou.

Ele acredita que, com a estrada em perfeitas condições, aberta o ano todo, mesmo em períodos de chuva, os moradores vão economizar em suas viagens para Corumbá. “É até uma questão social. A estrada vai permitir maior conforto para todos que residem lá, além de fortalecer o local como um polo turístico com acesso facilitado por terra, e não apenas pelo rio”, disse.

Domingos Benitez, presidente da Associação de Moradores de Porto Esperança, informou que a estrada conta com cerca de 10 quilômetros, e o encascalhamento vai permitir utilizá-la o ano todo. “Hoje, chove, não tem como passar. Existe uma ponte que tem que ser refeita e as vazantes que precisam de manilhas para escoamento da água”, informou.

O secretário Cássio Augusto informou que a Prefeitura se responsabilizará pela obra da estrada ligando a BR 262 a Porto Esperança. “Com o material que a Vale está disponibilizando, vai dar para fazer uma boa intervenção no local”, disse, já sinalizando de forma positiva em relação à construção de uma ponte, pedido feito pelo vereador Evander Vendramini.

Por corumbaonline

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