Analisando…

15 de outubro de 2018

Bolsonaro

As primeiras pesquisas do segundo turno, que dão vantagem de 13 pontos do Capitão Bolsonaro sobre o professor Haddad, parece que já contagiaram o comando da campanha do militar da reserva que já começou a anunciar o nome de seus ministros para a imprensa.

Haddad

O candidato de oposição sofreu alguns reverses durante a semana e terá que assimilar rápido os golpes. Primeiro a viagem de Ciro Gomes, não participando da campanha no segundo turno. Depois o crescimento de seu adversário nas capitais do nordeste. E a derrota de vários aliados que estavam bem cotados dificulta a entrada em estados estratégicos, como Suplicy (São Paulo), Lindenberg (RJ) e Dilma Roussef (Minas Gerais).

Começos e aposentadorias

No domingo, o eleitor resolveu passar um recado duro aos políticos, quer um novo jeito de fazer politica. E pra isso deu grande votação a ilustres desconhecidos e aposentou velhas raposas; e que anda muito sem paciência, pois pelo andar da carruagem, o novo governo também terá uma lua de mel mais curta com a população.

Enquanto isso no MS…

Os eleitores resolveram aposentar políticos experientes e com serviços prestados ao Estado, mas que já estavam muito tempo na janela de seus mandatos. De uma só vez aposentou os primos Zeca do PT e Waldemir Moka. Pela idade de ambos e pelos cargos já ocupados dificilmente terão folego pra mais uma disputa e o caminho agora será cuidar dos netos. Só o tempo dirá se era o momento certo desta aposentadoria eleitoral.

Deputados

Na Câmara Alta, fez se justiça ao deputado Fabio Trad, que desta vez conseguiu com seus próprios votos chegar a Câmara dos Deputados. Assim como os estreantes Beto Pereira e Rose Modesto. Ficou pelo caminho Eliseu Dionísio, candidato inventado pelo Azambuja que em 4 anos na câmara não fez nada. Dados como derrotados no inicio da eleição, saem fortalecidos das urnas Vander Loubet e Dagoberto Nogueira. Eleitos pelos próprios méritos ganham mais uma chance no parlamento, talvez a última. Já na Assembleia Legislativa vão pra casa depois de um longo tempo no parlamento, Picarelli, Mara Caseiro, Amarildo Cruz.

Senado

A eleição de Soraya Tronicke pegou até o mais incrédulos de surpresa. Assim como o Capitão Contar, campanha 100% digital, ou seja, prova que esta ferramenta veio pra ficar e que vai mudar os parâmetros de eleições no País. Advogada da cidade de Dourados vai assumir um dos cargos de maior responsabilidade da República. O voto é soberano e não deve ser contestado. Porém, preocupa saber que uma senadora que não conhece o Estado estará discutindo problemas que são os maiores. Só pra se ter uma idéia, a ilustre senadora eleita não pisou na Cidade Branca e saiu daqui com 8.874 votos. Qual o compromisso com a cidade que nem visitou na campanha.

 

Delcídio e Bia Cavassa

Nossas cidades merecem um destaque especial nesta coluna pós-eleição.

Primeiro destacar a votação recebida pelo Ex-senador Delcídio do Amaral nos dois municípios em pouco mais de 10 dias de campanha. Dizem na capital que o pantaneiro já planeja seus próximos voos visando as prefeituras de Campo Grande ou Corumbá.

Para a Câmara Federal vamos destacar a votação de Bia Cavassa (PSDB). Mesmo após toda a confusão envolvendo sua candidatura que era estadual e no apagar das luzes virou federal, ela manteve uma pegada firme na campanha, andou pelos quatro cantos da cidade e conseguiu levar sua mensagem, sendo reconhecida pelos eleitores como a candidata mais votada da região,  votação que torna Bia uma nova liderança no município e a nível estadual junto ao seu partido.

Aqui já podemos destacar a invasão de candidaturas de fora e mais a candidatura de um ex-prefeito inelegível que juntas consumiram quase 25 mil votos. Já seriam suficientes pra que Bia Cavassa fosse a primeira suplente na Câmara Federal.

Evander Vendramini

Corumbá volta a ter um representante no legislativo estadual com a eleição do presidente da câmara municipal.

Evander conseguiu manter-se vivo na disputa até o final da eleição e foi arrastado pela onda Bolsonaro que tomou conta do país.

Em seu primeiro pronunciamento já disse que educação e geração de empregos são suas prioridades.

Boa sorte e muito trabalho ao nosso representante.

Votos jogados fora

Foram 12,5 mil votos que foram jogados fora pelos eleitores de Corumbá nestas eleições. E não estamos falando de votos brancos ou nulos. Votos entregues a candidatos de fora que vieram aqui e abocanharam esta enxurrada. É claro que a eleição é democrática e livre e todos devem correr atrás dos votos em todos os lugares, mas cabe ao eleitor analisar e priorizar o que é melhor para sua região e votar em pessoas que possam ser cobradas depois. Cito o exemplo do ilustre Capitão Contar que obteve aqui 1.955 votos e nunca pisou aqui. Qual o compromisso dele com a cidade? O deputado Barbosinha que obteve 955 votos e quando teve oportunidade prejudicou Corumbá.  Quem não se lembra daquele montante de dinheiro preso pelo DOF de Corumbá que ele utilizou para melhorar a estrutura da PM de Dourados, seu reduto eleitoral. Ou então Paulo Corrêa, que obteve 639 votos aqui e nunca compareceu com nada de concreto para a cidade. Gostaria de saber o que fez Antônio Vaz no município, líder religioso e presidente do PRB estadual que obteve aqui 869 votos.

Em entrevista a um jornal local, o Deputado estadual eleito Evander Vendramini disse que por pouco Corumbá não faz dois deputados, se referindo ao também vereador Chicão Viana.

Acontece que se nos fizermos uma matemática simples, com os 12,5 mil votos pros candidatos de fora dava pra Corumbá eleger três deputados estaduais, levando em conta que faltaram 5.004 votos pro candidato do MDB Paulo Duarte ser eleito e faltaram 3.015 votos pro vereador Chicão Viana ser eleito, somando totalizam 8.019 votos, ainda sobrariam, 4.419 votos pros candidatos de fora.

Esta acontecendo uma mudança de comportamento do eleitor em todo país, espero que essa brisa chegue em Corumbá para que nas próximas eleições gerais o eleitor entenda que quem gosta de nós somos nós mesmos e que a matemática não mente, com um pouco de maturidade política, desprendimento e vontade, Corumbá pode voltar a ocupar o lugar de destaque de segunda força politica do estado atrás apenas da capital.

Por Da Redação

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