Na sessão ordinária desta terça-feira, 18, da Assembleia Legislativa, o deputado estadual Evander Vendramini (PP) encaminhou requerimento solicitando informações sobre a instalação de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) em Mato Grosso do Sul. O documento foi encaminhado à Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro) e ao Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul).

Os questionamentos são decorrentes da informação feita pela Semagro, por meio do Imasul, de que o Instituto produziu o primeiro Inventário Participativo de Potencial Hidrelétrico em conjunto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Dentre as informações requeridas, o parlamentar solicitou cópia integral do Inventário entre a Semagro e a Aneel. Esse estudo prevê a possibilidade da instalação de sete PCHs no Estado. “Gostaria de saber se esses empreendimentos, que são da ordem de um bilhão de reais, poderão, após conclusão, causar danos ambientais e, consequentemente, prejuízos à região”, apontou Evander.

O deputado também questiona se os estudos apontam para o crescimento da geração de empregos na região da bacia do Rio Pardo, entre Campo Grande e Ribas do Rio Pardo, onde estão previstas as PCHs. Segundo inventário da Aneel, são cinco PCHs no Rio Pardo: Barreiro (24,1 MW), São Sebastião (23,9 MW), Cachoeira Branca (21 MW), Botas (18,2 MW) e Recreio Jusante (13 MW). Outras duas, no Ribeirão das Botas, afluente do Pardo: Cervo (16,1 MW) e Ribas (13,6 MW).

Evander pergunta ainda de que forma a geração de 130 megawatts de potência poderia contribuir para o desenvolvimento da região, com incentivo para implantação de grandes indústrias, principalmente em Ribas do Rio Pardo. “Segundo o inventário, a potência identificada na bacia do Rio Pardo pelo estudo é suficiente para abastecer uma população de um milhão de pessoas ou 322 mil residências. Por isso, é importante saber de mais detalhes sobre esse estudo”, afirmou.

As PCHs são usinas hidrelétricas de tamanho e potência relativamente reduzidos, têm entre 5 e 30 megawatts (MW) de potência e menos de 13 km² de área de reservatório. São hoje responsáveis por 3,5% de toda a capacidade instalada do sistema interligado nacional. Essas usinas têm capacidade de ocupar o papel que as termelétricas desempenham durante os períodos úmidos, assumindo boa parte da carga das usinas hidrelétricas e ajudando-as, assim, a recomporem o estoque dos seus reservatórios – de forma a enfrentar os períodos secos.

Por corumbaonline

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