Ocupando a posição 63 no ranking da FIFA, a Bolívia é a pior colocada entre as dozes seleções que disputam a Copa América. O torneio começa no próximo dia 14 de junho. A final está marcada para sete de julho, no Maracanã.
A estreia da seleção brasileira é justamente diante dos bolivianos, no Morumbi. E a missão de segurar o ímpeto de Neymar e cia, que jogam uma Copa América em casa após 30 anos, parece uma missão quase impossível. Basta olhar para o retrospecto recente. No último domingo (2), a seleção boliviana perdeu para a França por dois a zero – já são sete jogos seguidos sem vencer e apenas um triunfo nos últimos 16.
A Bolívia está no grupo A, ao lado de Brasil, Peru e Venezuela. Após o jogo de abertura do torneio, o segundo compromisso de “La Verde” será contra o Peru, no dia 18 de junho, no Maracanã. Quatro dias depois, fechando a fase de grupos, enfrenta a Venezuela, no Mineirão. Os dois primeiros colocados de cada grupo se classificam para as quartas de final, assim como os dois melhores terceiros.
Nas últimas sete edições de Copa América, a seleção boliviana venceu apenas uma partida. Foi por três a dois contra o Equador, em 15 de junho de 2015.
Apesar da má fase, a esperança da Bolívia está nos pés de um velho conhecido dos torcedores brasileiros: Marcelo Moreno. O atacante jogou e fez carreira em equipes como Cruzeiro, Flamengo e Grêmio. Foi campeão baiano e mineiro, além de ter sido campeão brasileiro pela Raposa em 2014 e da Copa do Brasil pelo Fla, em 2013. Caso marque três gols nesta Copa América, o atacante, filho de brasileiro, se torna o maior artilheiro da história do país onde nasceu.
Se vive nas últimas décadas tempos de vacas magras, a seleção boliviana se apega ao fato de já ter sido finalista da Copa América em duas oportunidades, ambas diante do Brasil. Na altitude de Cochabamba, em 1963, derrotou a seleção canarinho por cinco a quatro no jogo decisivo. O troco veio em 1997, quando o Brasil venceu por três a um, com gols de Edmundo, Ronaldo e Zé Roberto. O título, na casa dos adversários, deu origem à famosa frase “vocês vão ter que me engolir”, um desabafo do então técnico Zagallo. De lá pra cá, a Bolívia não figurou mais entre os quatro primeiros da Copa América.