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O projeto Construindo Pontes Interculturais na Fronteira Brasil-Bolívia, criado pela parceria entre o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano (IMC), de Corumbá, e o Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural (Ipedi), de Miranda, foi selecionado e será patrocinado pela associação Brazil Foundation.  A iniciativa irá realizar atividades em Corumbá e em Miranda para compartilhar experiências e informações sobre o trabalho intercultural. O Moinho Cultural desenvolve atividades com crianças e adolescentes brasileiras e bolivianas. O Ipedi realiza projetos, atualmente, com comunidades indígenas e pescadores ribeirinhos. “O objetivo da parceria com o Moinho é trocar experiências e informações, metodologias de como trabalhar com públicos de culturas diferentes e, desse modo, melhorarmos nossos próprios projetos”, explica a presidente do Ipedi, a pós-doutora em linguística Denise Silva.

Entre os resultados esperados, as organizações buscarão criar formas que possam aumentar o engajamento das crianças atendidas pelo Moinho Cultural, ajudando a evitar desistências, em especial, de crianças bolivianas.

“Estamos buscando parceiros com o intuito de melhorarmos a qualidade do nosso trabalho junto às crianças atendidas no Moinho, promovendo a real transformação da vida dos nossos beneficiários”, diz a Diretora Executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon.

As atividades começarão a ser desenvolvidas em julho. Serão realizadas visitas da equipe do Ipedi à Corumbá e representantes do Moinho irão à Miranda.

Patrocinador

O projeto Construindo Pontes Interculturais na Fronteira Brasil-Bolívia concorreu com outras iniciativas de organizações da sociedade civil e os recursos para realização do projeto serão destinados por meio da linha de financiamento Arranjos Colaborativos da Brazil Foundation. “A linha de apoio Arranjos Colaborativos é uma iniciativa inédita no setor social brasileiro, que visa promover um ambiente de troca de conhecimentos, habilidades e metodologias, em um ambiente de aprendizagem entre pares”, explica o site oficial da Brazil Foundation. “As organizações da sociedade civil acumulam uma enorme riqueza em inovações sociais, metodologias e relacionamento estratégico com públicos diversos. Este conhecimento forma um capital social de grande valor, cujo compartilhamento contribui para a criação de mudanças sistêmicas”, completam.

Em 2017 serão financiados 10 Arranjos, de 19 propostas submetidas à avaliação da Brazil Foundation.

O Moinho

O Instituto Moinho Cultural Sul-Americano (IMC) é uma instituição não governamental, sem fins lucrativos, que tem como missão a diminuição da vulnerabilidade de crianças e adolescentes em região de fronteira através do acesso a bens culturais e conhecimento tecnológico. Atende hoje 280 crianças e adolescentes dos municípios de Corumbá e Ladário no MS e das cidades bolivianas de Puerto Suarez e Puerto Quijarro. Oferece aulas diárias de música, dança, tecnologia, apoio escolar, idiomas, educação ambiental e patrimonial, no contraturno da escola regular, por 20 horas semanais,  em um ciclo pedagógico com oito anos de duração. Os familiares dos participantes e a Comunidade participam de cursos de geração de renda e economia criativa promovidos pela instituição.  Com doze anos de atividades ininterruptas, o Moinho já  inspirou duas cidades ( Ladário/MS e Puerto Suarez/Bolívia) a criarem Projetos de Políticas Públicas baseadas nas ações desenvolvidas pelo Moinho. Além disso, vários participantes foram absorvidos pelo mercado de trabalho e estão cursando, como pioneiros em suas famílias, a universidade, não só nas áreas fins da instituição, como também em outros cursos superiores, influenciados pela formação cidadã  adquirida na instituição.

O Ipedi

O Instituto de Pesquisa da Diversidade Intercultural é uma entidade civil de direito privado, sem fins lucrativos que atua no desenvolvimento de projetos e cursos de cunho cultural, educacional e sócio ambiental, visando beneficiar comunidades e saberes tradicionais. Atualmente o Ipedi desenvolve projetos de resgate da cultura indígena nas aldeias da etnia terena em Miranda, além de curso de alfabetização para pescadores ribeirinhos.

Por corumbaonline