Na Boca do Túnel

31 de dezembro de 2018

Disputa por Vizeu, Grêmio de olho em Gatito e colombiano na mira do Flamengo; o domingo da central

O último domingo de 2018 foi marcado por poucas confirmações, mas algumas novidades na Central do Mercado do futebol brasileiro. O Grêmio foi o clube que mais movimentou o dia. Está envolvido em uma disputa por um atacante, aproximou-se de um lateral-esquerdo e se lançou para contratar um goleiro.

O Tricolor, assim como o Corinthians, quer Vizeu, ex-Flamengo e que está na Udinese. Espera fechar em breve com o argentino Emmanuel Mas, do Boca Juniors. E definiu Gatito Fernández, do Botafogo, como um substituto ideal para substituir Marcelo Grohe. No entanto, o Glorioso não pretende liberar o paraguaio por menos de R$ 20 milhões, valor de sua multa rescisória. O vínculo do goleiro com a equipe carioca vai até 2021.

Depois de anunciar a contratação do zagueiro Rodrigo Caio, o Flamengo definiu um novo alvo. O Rubro-Negro deve ir atrás do atacante colombiano Luis Díaz, de 21 anos, que atua no Junior Barranquilla. O preço, porém, é um pouco alto. A equipe colombiana quer US$ 5 milhões (cerca de R$ 20 milhões) para liberar um de seus principais jogadores.

A dupla Atletiba também teve dia movimentado. O Athletico-PR, enfim, deve efetivar Tiago Nunes como treinador do clube. O acordo está apalavrado para a próxima temporada. O Furacão, inclusive, tem interesse no jovem meia argentino Tomás Andrade, que pertence ao River Plate e está emprestado ao Atlético-MG.

O Coritiba está atrás do meia Sammir, brasileiro naturalizado croata, de 31 anos, que está sem clube desde que deixou o Wuhan Zall, da China. O Coxa também tenta segurar o goleiro Wilson, que é desejo da Chapecoense.

Oferta agrada, e Grêmio espera resposta do Boca para fechar com Emmanuel Mas

O Grêmio recebeu um sinal positivo sobre a oferta apresentada e está perto de fechar a contratação de Emmanuel Mas. O clube gaúcho espera a resposta formal do Boca Juniors para avançar nas tratativas e definir os últimos detalhes com o lateral-esquerdo.

As conversas entre as partes ocorrem desde a última semana, com tendência de desfecho nos primeiros dias de 2019. O Boca concordou em liberar o jogador, atualmente apenas a terceira opção para a posição, atrás de Lucas Olaza e Frank Fabra.

São Silvestre marca fim da equipe de atletismo do Cruzeiro, uma das mais tradicionais do país

Em vigor desde 1984, time não será mantido por falta de verbas.

A tradicional Corrida de São Silvestre reúne o melhor do atletismo de fundo brasileiro e se notabilizou por ser uma grande festa no encerramento do ano em São Paulo, com mais de 30 mil participantes. Mas a edição de 2018, embora com tudo isso, tem um quê de melancolia.

A prova marca o encerramento da equipe do Cruzeiro, uma das mais vencedoras da modalidade – com transmissão da Globo e acompanhamento em tempo real do GloboEsporte.com, as disputas de elite começam a partir das 8h20 (de Brasília). Em vigor desde 1984, o time vai fechar por causa de verbas. A palavra de ordem é cortar despesas.

– Este ano é o objetivo fazer ainda mais bonito, pois a equipe do Cruzeiro vai acabar e queremos fechar com chave de ouro. Fiz uma preparação de dois meses de força para poder atingir esse objetivo no dia 31 – disse Gilmar Lopes, que participará da São Silvestre e foi terceiro colocado na Volta da Pampulha.

Segundo o site Superesportes, a equipe do Cruzeiro tinha 30 atletas e consumia R$ 360 mil anos dos cofres do clube – ou cerca de R$ 30 mil por mês. Ainda de acordo com a publicação, a decisão do clube no sentido de enxugar gastos se deu porque o atletismo era deficitário e não tinha nenhum patrocínio atualmente.

Na corrida deste dia 31, o time terá oito representantes, dos quais sete homens e uma mulher. Em 2006, Franck Caldeira, então representante do clube, levou o título da São Silvestre.

O fechamento do Cruzeiro também representa o epílogo de um ano triste para o atletismo nacional, com o encerramento da principal equipe do país, a B3, a renúncia de José Antonio Martins Fernandes da presidência da CBAt (Confederação Brasileira de Atletismo) após denúncias de irregularidades e bloqueio de  verbas públicas da entidade por problemas estatutários.

Licença pro, experiência e história: Ramon Menezes celebra retorno como auxiliar ao Vasco

Ídolo nos anos 90, ex-meia tem perfil estudioso, trabalhou em equipes menores e chega para ser o novo auxiliar permanente de Alberto Valentim no elenco profissional

Quem esteve no último “Jogue na Colina”, evento em que torcedores jogam em São Januário e são comandados por ídolos do Vasco, assegura: ter Ramon Menezes como técnico não foi moleza. Recebia-se instruções como num jogo de verdade. Mesmo num clima festivo, estava ali uma amostra do que o elenco profissional pode esperar: anunciado como novo auxiliar-técnico permanente, o ex-meia está de volta ao clube.

Campeão brasileiro em 1997 e da Libertadores em 1998 – além de passagens em 2002 e 2006 -, o ex-meia chegou para o lugar de Valdir Bigode. Pesou na decisão o perfil de Ramon: estudioso, acabou de completar o primeiro módulo para tirar a Licença Pro da CBF, a graduação máxima do curso de técnicos no Brasil.

Além disso, Ramon tem experiência como treinador. A nova carreira foi iniciada em 2013. De lá para cá, passou por clubes como Joinville, Anápolis e Tombense.

Nesta entrevista, Ramon fala sobre as lições que tirou, o relacionamento com Alberto Valentim e seus objetivos neste retorno ao Vasco.

Amanda Nunes faz o impossível, nocauteia Cris Cyborg em 51s e é a primeira campeã dupla do UFC

Lutadora baiana se torna a primeira mulher a conquistar dois cinturões do UFC simultaneamente e encerra uma era de 13 anos sem derrotas da curitibana.

O mundo parou por menos de um minuto. E, quando voltou a girar, o UFC tinha uma nova campeã dos pesos-penas. A baiana Amanda Nunes, que já detinha o cinturão dos pesos-galos da organização, fez história e se tornou a primeira mulher a deter dois cinturões do UFC ao nocautear ninguém menos que Cris Cyborg aos 51s do primeiro round em Los Angeles. Primeira brasileira a assinar, vencer e se tornar campeã do UFC, Amanda Nunes era zebra nas casas de apostas. A baiana, que defendeu com sucesso por quatro vezes o título peso-galo, embalou o oitavo triunfo consecutivo na carreira. Com o feito, ela se torna a terceira atleta no geral a ter dois títulos simultaneamente – ao lado de Conor McGregor e Daniel Cormier. Cyborg não perdia há 13 anos e um mês. Nada menos que 21 atletas haviam tentando derrotá-la sem sucesso.

Reginaldo Coutinho – Delegado sindical dos radialistas de Corumbá, cronista esportivo, locutor apresentador do programa Transnotícias na rádio Transamérica

Por corumbaonline