Palmeiras está nas quartas de final da Copa Libertadores pela primeira vez desde 2009. Nesta quarta-feira, o Palmeiras jogou mais de 90 minutos com um a menos, mas teve um espetáculo de mais de 33 mil pessoas no Allianz Parque e mesmo com a derrota para o Cerro Porteño-PAR por 1 a 0, conquistou sua classificação graças ao resultado obtido em Assunção.

A chegada dos palmeirenses ao Allianz Parque teve clima de otimismo e, para alguns, até certa tranquilidade devido ao 2 a 0 imposto pelo Palestra aos paraguaios em Assunção. Bastou três minutos, porém, para a calmaria se tornar preocupação e o verdadeiro clima de Libertadores aparecer.

Felipe Melo estava ‘limpo na jogada’, fez passe para frente, mas na sequência trombou com Victor Cáceres e acertou a sola da chuteira no adversário. Em um primeiro momento, a arbitragem deu apenas cartão amarelo ao camisa 30, mas ao ver o ferimento na perna do paraguaio, mostrou o cartão vermelho para o palmeirense.

Foi a segunda vez na temporada que o Alviverde teve um atleta expulso após o árbitro ver o resultado lesivo de um lance faltoso no adversário. Pelo Campeonato Paulista, em Itaquera, Jailson recebeu cartão vermelho após Raphael Claus analisar a perna do corintiano.

Mesmo com um a menos em campo nesta quinta-feira, o Palmeiras jogou melhor que seu oponente no primeiro tempo. Felipão recuou Moisés para jogar ao lado de Bruno Henrique, e se fechando bem com duas linhas de quatro e apenas Borja à frente, o Maior Campeão do Brasil criou boas oportunidades abrir o placar em jogadas de contra-ataque.

Aos 26 minutos, Diogo Barbosa roubou a bola, avançou pelo meio e deixou Willian livre para finalizar pela esquerda, mas o atacante preferiu o passe e desperdiçou a oportunidade clara de gol. Pouco depois, foi Borja quem puxou contra-golpe, driblou a marcação e tocou para Bigode, que desta vez finalizou para boa defesa de Antony Silva.

Antes do intervalo, o Cerro Porteño desperdiçou duas boas chegadas ao ataque, com Victor Caceres, que chutou cruzamento para fora, e Churín, que em novo levantamento, cabeceou nas mãos de Weverton.

Mesmo com um homem a menos, a etapa inicial serviu para exaltar duas características da equipe de Felipão: a união e a experiência. Deyverson orientou Diogo Barbosa, Fernando Prass falou com a zaga e todo o banco de reservas pressionou a arbitragem. E se utilizando da história de Scolari, o Palmeiras mostrou que pode ser catimbeiro nesta Libertadores e parar o como puder sempre que necessário.

Por corumbaonline