Foto: Ascom

ções integradas de combate às doenças como dengue, chikungunya, zika vírus, febre amarela e leishmaniose foram amplamente debatidas na manhã desta segunda-feira, 22, entre autoridades dos poderes Executivo Legislativo de Corumbá e Ladário, com participação de representantes de outros setores da sociedade local, inclusive do Exército Brasileiro e do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul.

A reunião foi organizada pelo vereador Tadeu Vieira e aconteceu no Plenário da Câmara com as presenças de autoridades ligadas ao setor de saúde pública, inclusive os secretários de Saúde Rogério Santos Leite (Corumbá) e Juvenal Ávila de Oliveira (Ladário). Presente também o vereador Manoel Rodrigues.

“A preocupação é de todos. São problemas que afetam Corumbá e Ladário, passando também pelas cidades bolivianas localizadas na fronteira. Precisamos aglutinar forças e realizar um trabalho conjunto para combater estas doenças, evitando epidemias em nossa região”, explicou Tadeu.

O vereador lembrou que todas as ações desenvolvidas pelo poder público passam pela conscientização da população. “A população deve se conscientizar e manter a limpeza, eliminando focos de doenças. Sabemos que as prefeituras fazem um trabalho de conscientização, mas o resultado não está sendo atingido”, ressaltou.

Durante a reunião, Tadeu Vieira informou que, diante dessa situação, está preparando um projeto de lei que penaliza pessoas que cometem crimes colocando a saúde pública em risco, como também incentiva quem denuncia.

“Temos visto que em nossa cidade, existem pessoas que deixa para colocar o lixo após o horário da coleta. O caminhão passa e o lixo é colocado na calçada. Temos que criar ferramentas para penalizar quem age dessa forma. Uma delas será aplicação de multas. E quem denunciar, tem que receber algum tipo de incentivo. Muita gente só se conscientiza a partir do momento que tem que enfiar a mão no bolso e pagar uma multa pelo erro cometido, infelizmente”, completou.

Ações na região

O secretário de Saúde de Corumbá, Rogério Santos Leite, explicou que o Município já realiza um trabalho em parceria com vários segmentos, como o Exército e a Marinha, e que está ampliando o leque com a entrada agora das Igrejas Evangélicas. Disse que existem ações também nas cidades bolivianas, principalmente no que se refere a raiva animal, dengue e outras endemias, inclusive com capacitação de agentes de saúde do outro lado da fronteira.

No encontro, as equipes da pasta, comandada pela gerente de Vigilância em Saúde, Vivian e Ametlla, apresentaram um balanço dos trabalhos desenvolvidos em 2017, dos números da dengue, zika, chikungunya, leishmaniose, raiva animal e febre amarela. “São ações permanentes, que ocorrem o ano todo”, explicou.

Pelos números, em 2017, Corumbá notificou 585 casos, com 33 positivos. Já em 2018, até o dia 13, foram registradas oito notificações. Em relação à zika vírus, 2017 fechou com 140 notificações, com 10 casos confirmados por exame. Em 2018, três notificações foram registradas nas duas primeiras semanas epidemiológicas.

Em relação à chikungunya, 2017 teve 93 notificações, sendo 15 confirmados. Agora, nas duas primeiras semanas epidemiológicas, quatro casos notificados. Foram confirmados 13 casos de leishmaniose visceral em humanos, sendo que dois pacientes evoluíram para óbitos. Este ano, um caso já foi confirmado e um aguarda resultado de exames.

Sobre a febre amarela, Viviane explicou que Corumbá não registra caso desde 2008. Observou que em 2017, foram registradas três mortes de macaco, todos negativados para febre amarela. Lembrou ainda que a vacina está disponível nas unidades de saúde.

LIRAa

Outra informação da pasta é que hoje, conforme o LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti), Corumbá está com uma incidência de 3,5%, acima do aceitável pela Organização Mundial de Saúde, que é de até 1%, mas abaixo dos registrados no mesmo período, em anos anteriores. Como se sabe, o Aedes é o mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela.

Por corumbaonline