O governador Eduardo Riedel recebeu a ministra Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) para discutir os avanços da concretização da Rota Bioceânica, que tem seu início em Mato Grosso do Sul, e liga o Brasil ao mercado asiático por meio do Oceano Pacífico.
“A Rota Bioceânica significa um novo caminho para os mercados do Mato Grosso do Sul e do Brasil. Com acesso aos mercados asiáticos, China, Japão, Coréia do Sul, Índia, entre outros. Este acesso saindo pelo (Oceano) Pacífico se torna mais perto e assim novos produtos serão mais competitivos. Além de proporcionar integração com os povos da América do Sul. Ao todo são R$ 711 milhões que serão investidos no Estado”, disse Riedel.
No encontro que aconteceu esta manhã, a ministra apresentou os cronogramas dos projetos, garantiu o investimento de R$ 44,7 bilhões, já previstos no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) – anunciado em setembro de 2023 –, e também convidou o governador para acompanhar a comitiva federal, nas visitas realizadas aos países que integram a Rota Bioceânica.
“Vim mostrar para o governador como estão as demandas. Os pleitos, pedidos, feitos no ano passado estão todos em processo. Começamos o ano com um cronograma, e da mesma forma como fui convidada para estar nos países que fazem parte da Rota, Paraguai, Argentina e Chile, vim também convidar o governador para me acompanhar. Como farei com o governador do Paraná (Carlos Massa Ratinho Júnior), para falarmos da rota de integração”, disse a ministra Simone Tebet.
As obras e acessos à Rota, de Mato Grosso do Sul e do Paraná, que constam no Novo PAC, foram apresentadas pela ministra do Planejamento e Orçamento ao governador Eduardo Riedel. “As que estão diretamente relacionadas ao Mato Grosso do Sul, vim mostrar em que estado está a gestão, algumas em processo de licitação, outras já foram licitadas ou estão perto de dar a ordem de serviço. E realmente são R$ 44,7 bilhões, porque envolve integração regional, educação, tem obras na área da saúde, ações na ciência, tecnologia e área digital, além de ferrovias, rodovias, portos e aeroportos”, afirmou Tebet.
A previsão é de que a visita ao Paraguai ocorra em março. A ministra também passará em todos os onze estados brasileiros que fazem fronteira com países da América do Sul. “Nós colocamos no organograma do Ministério, quatro meses para andar todos os onze estados de fronteira. Eu começo agora o “roadshow”, do Amapá até o Rio Grande do Sul, passando por Mato Grosso do Sul. E vou, também, fazer todos os países da América do Sul que estão relacionados a cinco rotas de integração. A primeira, que vai realmente poder ser inaugurada, vai ser a Rota Bioceânica, fora do Sul que já existe e precisa ser adequada”, explicou a ministra.
Sobre a alça de acesso à ponte, obra emblemática que será em Mato Grosso do Sul, a expectativa é de que seja concluída em 30 meses. “A alça, nós já temos a ordem de serviço, é uma obra que envolve e está programa para 36 meses. Conversei com o governador, que acredito, que a depender das chuvas ou da seca, esta obra pode ser entregue com muito mais rapidez. Nós vamos começar a fazer uma gestão para ver se a gente consegue com as empresas em torno de 30 meses, que é o suficiente. Dois anos e meio é o que a gente precisa para poder estar definitivamente inaugurado essa Rota da Integração, que não é uma rota que integra só o Mato Grosso do Sul, ela integra o Brasil com o mundo asiático, pelo (Oceano) Pacífico”, disse Simone Tebet.
Obras e investimentos
A Rota de Integração Latino-Americana (RILA), ou Rota Bioceânica, que começa em Mato Grosso do Sul, por Porto Murtinho, em direção ao Paraguai, por Carmelo Peralta, será um caminho mais curto ao Oceano Pacífico para acesso aos mercados asiáticos. Com a nova rota a previsão é de ganhos expressivos na exportação, importação, competitividades dos produtos regionais, e promoção de intercâmbio entre o Brasil e a Ásia.
O Governo do Mato Grosso do Sul mantém investimentos robustos nas cidades que farão parte da Rota Bioceânica, entre elas Porto Murtinho que recebeu R$ 40,6 milhões em obras nos últimos anos. Também foram garantidos incentivos para reativar a hidrovia do Rio Paraguai, atraindo operadores e empreendimentos portuários à região.
Outro foco foi a articulação junto ao Governo Federal para realização das obras complementares que vão contribuir com a Rota Bioceânica. Entre elas o acesso à Ponte Bioceânica, por meio da rodovia BR-267, onde serão pavimentados 13 km, além da construção de um centro aduaneiro, trabalho de terraplanagem e acesso elevado à ponte.
No fim de dezembro de 2023 foi assinada a ordem de serviço para realização desta obra, com investimentos de R$ 472,4 milhões por parte da União. A expectativa é que a alça seja concluída em 36 meses.
No Paraguai, além da pavimentação de estradas que vão dar prosseguimento à rota, o principal projeto é a construção da ponte binacional sobre o Rio Paraguai, na fronteira entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta. No local, até agora, 40% dos trabalhos já foram concluídos, com previsão de estar pronta em 2025. A estrutura terá 1.294 metros de comprimento e 29 metros de altura.